terça-feira, 6 de abril de 2010

Que saudade de ti, minha velha;
da tua companhia;
do teu abraço;
do teu bolo;
da tua sabedoria.
Daquelas conversas longas
sem hora pra acabar,
por vezes inconclusivas;
pra que concluir?
-
Saudade das tuas histórias,
histórias daquele tempo,
de vários tempos...
histórias e estórias, não?
De Malazartes,
de portas verdes,
até d´A Bela e a Fera!
Quem precisa dos studios Disney?
Hoje ninguém me conta coisa alguma
a não ser obviedades e absurdos
rotulados como "opiniões".
Saudade das tuas opiniões.
-
Tanta coisa pra gente falar;
As declinações do Latim,
Literatura,
Poesia,
tanta coisa;
quem sabe tudo isso
acompanhado por uma pêra?
Ou um mate,
pra que o tempo demore a passar
e, de repente,
seja a hora do almoço...
saudade do teu almoço.
Saudade da tua rima premiada:
forma e conteúdo.
eu não sei rimar,
"isto não é um poema,
é saudade";
ou plágio,
desculpa.
-
Drummond crônica, conto
ou poesia?
Graciliano e Rosa?
Ah, o Érico!
Jorge Amado não, né?
Neruda, pero en Español.
Modernismo não?
Parnasianismo sim?
Se não souber,
tem na Barsa.
Tanta coisa pra te perguntar,
tantas coisas,
coisas.
Vó, não consigo rimar.

Ps.: Na pós-modernidade qualquer um brinca de C.D.A.

2 comentários:

carool disse...

JOHN! Adorei, muuito bom, agradabilíssimo de ler.

Cristina Arena disse...

que liiindo, joão.
queria uma vó assim pra sentir o que eu senti lendo o teu poema por mais tempo que o tempo da leitura.